O INCRÉDULO, O ATEU E O AGNÓSTICO
- André Tavares
- 4 de ago. de 2016
- 5 min de leitura

Muitos pensamentos de dúvidas se Deus realmente existe, se Jesus realmente é filho de Deus, se Ele fez aquelas maravilhas que a Bíblia diz que fez, se ressuscitou etc., pairam sobre a cabeça de muitas pessoas.
A dificuldade de crer em fatos que aconteceram no passado ou que ainda vão acontecer, que fogem da lógica humana, definem os INCRÉDULOS.
Existe uma outra categoria, bem definida, que são àquelas pessoas que não acreditam em Deus, que rejeitam qualquer possibilidade de crer, já tem opinião bastante formada a respeito e na sua mente não há dúvidas. Essas características definem os ATEUS.
Também existem os AGNÓSTICOS, que são aqueles que não acreditam, mas também não desacreditam, pois acham que é impossível provar ou não a existência de Deus, ou seja, eles não batem o martelo nessa questão, o que dá uma falsa sensação de uma coerência humana.
Satanás é quem cega o entendimento dos homens, pois essa cegueira é a maior arma que ele usa para conseguir tragar pessoas para o seu reino. Ele não quer só te convencer que Deus não existe, ele quer também te convencer que ele próprio não existe.
Em 2 Coríntios 4:4 diz: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”
Hoje em dia as pessoas são inundadas por programas de televisão, jornais, livros, revistas e internet, que muitas vezes pregam teorias mundanas, satânicas e blasfêmicas, sobre a origem do mundo e do homem, sobre a vida de Jesus (diz que Ele foi casado, que teve filhos, que não ressuscitou etc). O objetivo dessas “matérias” é descaracterizar a santidade de Jesus.
Lembre-se que o diabo não aparecerá como um monstro de roupa vermelha e segurando um tridente. Muitas vezes ele usa uma pessoa intelectual, culta e charmosa para passar os seus conceitos, justamente para cativar a humanidade. Também usa os meios de comunicação existentes, novelas, livros, programas de televisão, além de movimentos sociais, políticos etc, para atingir os seus objetivos.
Nós nem nos damos conta, mas as ideias e ideais do maligno estão impregnados em diversos campos da sociedade.
Mas porque essa dificuldade em acreditar na Palavra de Deus?
A Bíblia é tão perfeita para os que creem, e, ao mesmo tempo, tão surreal para os que não creem, mas não vou fugir em falar da surrealidade da Bíblia, pelo contrário, eu vou enfatizá-la.
Você já parou para pensar que se a Bíblia fosse uma invenção humana ou se ela tivesse sofrido alterações ao longo do tempo, que essas “surrealidades” não existiriam? Para que alguém escreveria um livro, como se fosse a palavra de Deus, repleto de histórias quase impossíveis de acreditar? Qual seria a vantagem que essa pessoa teria que justificasse tanto trabalho e tempo despendido?
Provavelmente esse livro não contaria fatos como abertura do mar vermelho, mas falaria que a maré baixou na hora que o povo hebreu estava passando. Não diria que Jesus andou sobre as águas, mas diria que Jesus era um excelente nadador etc e tal.
Sem considerar que nas épocas em que os livros da Bíblia foram escritos não existia papel, caneta, lápis, borracha, notebook etc. Tudo era caro e difícil na época, e demandava muito tempo e esforço.
O que é estranho e difícil de acreditar aos olhos do mundo, não pesa contra a Bíblia, pelo contrário, demostra mais ainda a sua veracidade.
Satanás quer que as pessoas sejam incrédulas, que achem que a vida de Jesus e a sua obra foi uma farsa, que Jesus não era Deus, que não era o messias, que não ressuscitou.
Como poderia ser uma farsa se foi testemunhado por tantas pessoas? Se não bastasse isso, essas mesmas pessoas foram perseguidas e morreram por não negarem essa verdade. Quem morreria por uma farsa ou por uma meia verdade?
Exceto o apóstolo João, todos os demais apóstolos foram mortos por não negarem a sua fé em Cristo, por multiplicarem os ensinamentos de Cristo, por testificarem que Ele ressuscitou, que o viram subindo aos céus com o seu corpo glorificado.
João também não negou a sua fé em Cristo. Ele morreu de velhice aos cem anos de idade, apesar de ter sido muito torturado e ter sofrido barbaridades, inclusive, ter sido cozido em um caldeirão de azeite fervente, quando sobreviveu milagrosamente. Ele também foi exilado nas minas da Ilha de Pátmos, e, anos depois, foi solto. Em Pátmos, ele teve a revelação para escrever o livro de Apocalipse.
Todos os demais apóstolos foram torturados, e tiveram sentenças de mortes horríveis, como por exemplo: crucificação, enforcamento, apedrejamento e decapitação.
Só para ter uma ideia, o apóstolo Pedro ao ser sentenciado a morte de cruz , pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, pois achava que não era digno de morrer da mesma forma que o seu mestre (Jesus) havia morrido. Que farsa poderia fazer esse homem aceitar essa morte? Ele poderia, para se safar, declarar insanidade ou qualquer outro subterfúgio, mas preferiu morrer pela sua fé em Cristo e pela verdade salvadora.
“Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á , e aquele que perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mateus 16:25)
Paulo morreu decapitado, e pregou a salvação de Cristo até a sua morte. Quem faria isso por uma farsa? A resposta é ninguém!
O próprio Paulo escreveu em Filipenses 1:21: “Porque para mim, o viver é cristo e o morrer é lucro”
Em síntese, todos os apóstolos eram perseguidos por pregarem os ensinamentos de Jesus, e o risco de morte era eminente em suas vidas. Abaixo, relatos de como os demais apóstolos e discípulos morreram, segundo estudos, textos bíblicos, ou até mesmo tradições da época:
André – Morreu na Grécia, quando foi pregar o evangelho de Cristo, crucificado em uma cruz em forma de X.
Tomé – Morto na índia, pelas lanças dos soldados.
Filipe – Executado por ordem de um nobre de Cartago (na Ásia Menor– corresponde aproximadamente ao território asiático da Turquia, Armênia e Curdistão). Morreu crucificado e apedrejado, por converter pessoas ao cristianismo naquela região.
Mateus – Sofreu martírio na Etiópia e foi apunhalado.
Tiago – Irmão de Jesus, era o líder do Cristianismo em Jerusalém. Foi jogado do pináculo (o mesmo em que Jesus foi tentado por Satanás) de mais de 30 metros de altura. Ao ver que ele não tinha morrido, seus inimigos o espancaram até a morte.
Bartolomeu – Foi martirizado pela sua pregação do Evangelho de Cristo. Uns dizem que foi chicoteado até a morte, outros que foi esfolado vivo e depois decapitado.
Simão – Morto a machadada.
Judas Tadeu – Morreu cravado por flechas.
Matias – Morreu queimado numa fogueira
Lucas – Morreu enforcado
Os relatos acima não são totalmente precisos, pois existem poucas referências históricas que comprovem exatamente a forma que eles foram mortos. Todavia, o que se sabe, com certeza, é que eles foram muito perseguidos por não abrir mão de pregar o evangelho, pela fé em Jesus Cristo.
Acredito que muitos homens negariam a sua fé para se safar da morte, poucos morreriam por uma verdade, como os apóstolos morreram, e nenhum homem morreria por uma mentira. Isso é mais que uma evidência, é uma prova que eles realmente testemunharam a ressurreição de Cristo Jesus.
Jesus quando ressuscitou, a primeira pessoa que testemunhou a sua ressurreição foi Maria Madalena. Qualquer mulher, por uma questão cultural da época, não tinha o testemunho válido, ou seja, o seu testemunho não teria, absolutamente, nenhum peso. Se o objetivo fosse dar veracidade a uma farsa, teriam usado alguém que tivesse credibilidade para o testemunho. Uma farsa precisaria de uma estratégia para parecer verdade. A verdade basta ser, simplesmente, contada.
Voltando aos incrédulos, ateus e agnósticos, eles só enxergam a sua vida terrena. Suas referências são: o dinheiro, o sucesso, a realização profissional, o reconhecimento, o poder, a fama, os amigos etc. Normalmente, os seus mestres, a quem se espelham, são outros incrédulos, que conseguiram ter sucesso no que eles próprios estão buscando.
Os incrédulos não pensam na eternidade. Eles apostam todas as suas fichas nesta vida e nada mais!
Os cristãos, diferentemente dos incrédulos, não precisam de provas para acreditar. É a fé que os fazem crer, e o seu mestre, a quem se espelham, é o próprio Jesus Cristo.
Em nome de Jesus, os incrédulos de hoje serão os cristãos de amanhã.
Graça, Paz e Misericórdia.
André Tavares
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